9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:191-1


Poster (Painel)
191-1UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA DE (RE)SSIGNIFICAÇÃO DE PRÁTICAS E SABERES DO ACOLHIMENTO DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Autores:Maristela Vargas Losekann (HNSC - Hospital Nossa Senhora da Conceição)

Resumo

Esse trabalho iniciou em 2008 com a construção do cenário, um relato do cotidiano de trabalho e da inserção da Emergência Adulto do Hospital Nossa Senhora da Conceição na rede do SUS. Percebi então, através das falas dos trabalhadores e usuários, a necessidade de trabalhar o dispositivo Acolhimento, e reafirmá-lo como uma das diretrizes de maior relevância da Política Nacional de Humanização do SUS. O Acolhimento, implantado neste serviço em 2004, foi aos poucos perdendo a continuidade nas ações, as avaliações deixaram de ser constantes e houve, progressivamente, um processo de fragmentação do trabalho, tornando-se um lugar com grandes dificuldades relacionais. A atual área da emergência teve seus ambientes projetados levando em consideração o dispositivo da Ambiência do Ministério da Saúde. No entanto, isoladamente a ambiência não promove melhorias, precisa ocorrer concomitantemente, uma mudança de postura dos profissionais em relação ao tipo de atenção que deseja prestar e de como vê a sua inserção no SUS, ou seja, repensar os processos de trabalho. A valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde, considerada como base da humanização, nos desafia e convoca a fazer parte da consolidação do SUS nos tornando multiplicadores. Dessa forma, visando à produção de mudanças nas práticas, propus a (Re)ssignificação do Acolhimento da Emergência do HNSC, utilizando a construção da rede como espaço de educação profissional, sendo a Educação Permanente em Saúde ferramenta norteadora para repensar as práticas e saberes instituídos, colocando as experiências e a criatividade do trabalhador como alternativa para promover mudanças. Sendo assim, é uma tentativa de reorganização dos processos de trabalho vigentes, buscando em encontros semanais com a equipe o Acolhimento que queremos, através das trocas de vivências e do compartilhamento dos aprendizados, desencadeando e reforçando a qualificação e buscando fortalecer os coletivos. Portanto, esse trabalho é uma construção coletiva, um lugar onde grupos humanos se mobilizam para produzir, encontros que buscam o novo, espaços em que nos reinventamos sem cessar com dificuldades, sucessos, fracassos, conquistas, enfim, um trabalho que começa, mobilizando afetos, usuários, trabalhadores e gestores, parceiros de uma rede que não termina no acolhimento, mas que se amplia através dele.


Palavras-chave:  política nacional de humanização, educação permanente em saúde, acolhimento