9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:172-3



172-3Licenciatura Ampliada: a construção do complexo cultura corporal-saúde e os desafios para formação omnilateral
Autores:Ana Lucia Sousa Pinto (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Resumo

O presente estudo faz parte da pesquisa que está sendo desenvolvida no curso de Pós-graduação em educação da Universidade Federal da Bahia. Tem como objetivo compreender as contradições entre as propostas de formação para graduação em educação física e a necessidade real da população, o que vem sendo defendido e apresentado como proposta de formação humana, apresentando as bases epistemológicas e as propostas de organização do trabalho pedagógico. Para tanto propomos a análise das principais perspectivas de formação no debate atual da área e a proposta definida nas Diretrizes Curriculares Nacionais, através método materialista histórico dialético. Quando pensamos em saúde e relacionamos com a prática pedagógica da educação física logo encontramos contradições entre os paradigmas que sustentam a perspectiva de atuação profissional e necessidade coletiva da sociedade. Aqui compreendemos a saúde como estado de bem estar que denote condições dignas de sobrevivência, daí o ter saúde se confunde com acesso (ter) à educação, saneamento, emprego, alimentação, assistência social e à viver de modo sustentável e de não degradação do meio ambiente. O direito à saúde se confunde com direito à vida, e a luta pela saúde deve se configurar como uma luta pela vida, e devemos compreendê-la como se dando por meio da luta pelo fim da sociedade de classes, pela construção de uma sociedade para além do capital. Especificamente em relação da discussão educação física e saúde a corrente mais difundida trata a intervenção a partir do conceito de atividade física, relacionando-a com a necessidade da realização para recuperação, manutenção ou aprimoramento das capacidades físicas, no qual a definição ou aferição dessas capacidades definem o ter ou não saúde, onde não há compreensão da interferência dos fatores sociais, econômicos, culturais e políticos no processo saúde-doença. É preciso propor transformações que apontem para a construção formação de um novo homem (omnilateralmente) que este seja capaz de superar a pseudoconcreticidade o que lhe afasta da condição de indivíduo atuante na sua história, por não conhecer e entender a realidade como totalidade. Faz-se necessário aprofundar o estudo sobre os paradigmas da saúde que possam balizar a proposta de formação nos curso de licenciatura ampliada em educação física que aponte para prática crítica que seja capaz de produzir uma educação para saúde na perspectiva de totalidade e não apenas do “corpo físico”.


Palavras-chave:  licenciatura ampliada, formação omnilateral, cultura corporal