9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:164-2



164-2ACESSO À CULTURA, FITOTERAPIA E MEDICINA POPULAR COMO ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DE INDIVÍDUOS E COMUNIDADES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL
Autores:Lucas Mello Pioner (GETTS/UFSC - Grupo de Estudos do Trabalho e Trabalhadores de Saúde UFSCPM BIGUAÇU - Prefeitura Municipal de BiguaçuCLÍNICA SÃO LUIZ - Clínica São Luiz) ; Marcia Sebold (CSC/SC - Centro de Serviços Contábeis) ; Tiago Mello Pioner (HU/UFSC - Hospital Universitário da UFSC) ; Rodrigo Otávio Moretti-pires (GETTS/UFSC - Grupo de Estudos do Trabalho e Trabalhadores de Saúde UFSC) ; Leila Mello Pioner (HU/UFSC - Hospital Universitário da UFSC) ; Rachel Schlindwein-zanini (HU/UFSC - Hospital Universitário da UFSC) ; Paulo César Trevisol-bittencourt (HU/UFSC - Hospital Universitário da UFSC) ; Janaína Henrique (PM PALHOÇA/SC - prefeitura Municipal de Palhoça/SC)

Resumo

Caracterização do problema: as Políticas Públicas de Promoção da Saúde, no Brasil, têm se caracterizado pela priorização de práticas prescritivas, calcadas em procedimentos individualizados voltados a mudanças comportamentais, com abandono de práticas consideradas de risco à saúde em contraposição à adoção de hábitos de vida saudáveis. Descrição da experiência: O presente trabalho apresenta relato de experiência de Promoção da Saúde no Município de São José/SC, região metropolitana de Florianópolis. Sob coordenação do Médico de Família e Comunidade local, a população adstrita à Unidade de Saúde do bairro Areias (socialmente vulnerável e fragilizada) optou por desenvolver ações de promoção da saúde em uma perspectiva mais libertária. Através de oficinas de Fitoterapia e Medicina Popular, se trouxe novamente à tona os saberes e práticas tradicionais da cultura Josefense, de forte influência luso-açoriana. Efeitos alcançados: Visitas dirigidas a importantes pontos históricos e turísticos regionais, aliadas a passeios em parques florestais e praças que permitiam a integração entre homem e natureza foram reconhecidos como instrumentos estratégicos no incentivo ao exercício da cidadania e para a consolidação do empoderamento dos usuários dos serviços de saúde. Ademais, novas possibilidades terapêuticas se abriram, com a implantação de um horto de plantas medicinais, cuja gestão e manutenção ficaram a cargo da própria população e de seus líderes comunitários. Recomendações: Inúmeros autores têm apontado o benefício do desenvolvimento de Políticas Públicas de Promoção da Saúde menos paternalistas e mais participativas. Desse modo, recomenda-se que os demais municípios catarinenses e brasileiros adotem uma posição pró-ativa na geração de saúde e bem-estar de seus habitantes, os quais devem ser incentivados a tomar frente no processo de co-responsabilização pela gestão dos problemas de saúde locais. Certamente que não há uma fórmula mágica ou receita de bolo que sirva a todos, e os serviços ofertados devem ser constantemente negociados por todos os atores envolvidos em âmbito loco-regional, valendo-se, para tanto, dos recursos disponíveis em cada realidade específica.


Palavras-chave:  Fitoterapia, Promoção da Saúde, Vulnerabilidade Social