Resumo

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: Os grupos terapêuticos tornam-se necessários na comunidade, por permitirem que os profissionais de saúde transformem as práticas assistenciais convencionais em práticas de coletividade. Além disso, fornecem práticas de assistência permeadas pelas particularidades dos indivíduos; possibilitando preservar a autonomia dos sujeitos e implementar o cuidado humanizado, o qual pode ser caracterizado como prática de educação em saúde. Este trabalho busca expor as vivências e reflexões de acadêmicos do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), juntamente com professores e alunos da pós-graduação em Enfermagem da UFSM acerca dos grupos terapêuticos. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A participação dos graduandos em grupos terapêuticos na comunidade torna-se uma alternativa de ensino-aprendizagem, pois podem relacionar as teorias abordadas em aula com o encontrado na prática. Neste sentido, auxiliou os futuros enfermeiros na compreensão da importância da educação em saúde no processo de tratamento dos indivíduos. Além disso, ajudou na percepção de que os grupos têm caráter problematizador e reflexivo, visando desenvolver a autonomia dos sujeitos possibilitando uma maior adesão ao tratamento e inclusão social. EFEITOS ALCANÇADOS: Os grupos terapêuticos proporcionaram aos acadêmicos uma reflexão de que essa prática necessita ser uma rede de apoio ao indivíduo, auxiliando na sua autodeterminação e autonomia, na busca de amenizar a vulnerabilidade existente no contexto social. Nesta perspectiva, com a realização dos grupos, torna-se possível a discussão de temáticas de interesse da comunidade e consequentemente a realização de intervenções adequadas dos profissionais. Sendo assim, os grupos possibilitam uma troca de saberes, popular e científico, favorecendo o vínculo entre usuários e profissionais. RECOMENDAÇÕES: Diante do exposto, cabe salientar a importância da prática dos grupos terapêuticos na comunidade, por contribuirem para a construção de alterações acerca da concepção do processo saúde-doença, além de realizar troca de experiências, legitimação de significados e saberes em relação à vida, e fortalecimento da autoestima e autonomia dos sujeitos. Outro fator importante a ser ressaltado, é que as práticas em grupo atuam como instrumento de educação em saúde, o que ajusta um processo de ensinar e aprender tanto para os profissionais de saúde como para os usuários.