9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:138-1


Poster (Painel)
138-1AVALIAÇÃO DOS PACIENTES QUANTO A ADESÃO AO TRATAMENTO E CURA DA HANSENÍASE EM PARNAÍBA – PI NO PERÍODO DE 2001 A 2008.
Autores:Sabrynna Brito Oliveira (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) ; Maria Adelaide Guimarães (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) ; Hemilio Fernandes Coêlho (UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) ; Anna Carolina Toledo da Cunha Pereira (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ)

Resumo

A Hanseníase é uma doença crônica, causada pelo Mycobacterium leprae afetando pele, sistema nervoso periférico e, ocasionalmente, órgãos e sistemas. O tratamento do paciente com hanseníase é indispensável para curá-lo e interromper a fonte de infecção e portanto, impedir a cadeia de transmissão da doença, sendo estratégico no controle da endemia. O Piauí, de acordo com dados do Ministério da Saúde, é considerado hiperendêmico com percentual de cura precário no período de 1990 a 2008. A cidade de Parnaíba é um centro de referência no tratamento da hanseníase no estado onde é seguido o tratamento imposto pelo Ministério da Saúde (MS) com administração de uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS). Este trabalho objetiva avaliar o sucesso na finalização de casos de hanseníase na cidade de Parnaíba e traçar um compativo do perfil obtido no município com os dados do estado. Os dados foram coletados a partir de fichas de notificação, registradas pela Secretaria de Saúde. O tratamento no município é realizado e/ou distribuído principalmente pelo Hospital Colônia do Carpina. No tratamento, é feito o acompanhamento dos pacientes que apresentam resistência a auto-administração do medicamento para correção do curso deste. O paciente que completa o tratamento não deverá mais ser considerado como caso de hanseníase, mesmo que permaneça com alguma seqüela da doença. A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizado pelo esquema terapêutico. A regularidade do tratamento tem demonstrado ser fundamental para a cura do paciente. De acordo com o MS, é considerado abandono depois de três meses que o paciente não retorna à unidade de tratamento. Verificou-se, neste período, um total de 529 casos de hanseníase no município. Destes, 72,6% evoluíram para a cura seguindo o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde. Esta porcentagem, de acordo com parâmetro epidemiológicos do MS é considerada precária o que corrobora com os dados gerais para o estado. Ainda, 9,64% dos pacientes abandonaram o tratamento e 4% tiveram recidiva da doença. O baixo nível de escolaridade dos pacientes aliado com os efeitos colaterais são fatores relevantes que podem influenciar na adesão ao tratamento assim como na continuidade para o sucesso do mesmo. O acompanhamento e a informação aos pacientes são estratégias fundamentais que poderiam influenciar positivamente no aumento dos níveis de cura e diminuição dos casos de abandono do tratamento.


Palavras-chave:  HANSENÍASE, TRATAMENTO, PIAUÍ