9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:117-3


Poster (Painel)
117-3Perfil dos usuários atendidos pelo Fisioterapeuta na Atenção Primária à Saúde
Autores:Fernanda Cecília dos Santos (ESP RS - Escola de Saúde ública do Rio Grande do Sul) ; Bruna Krawczyk (ESP RS - Escola de Saúde ública do Rio Grande do Sul) ; Lenara Keiko Amakawa (ESP RS - Escola de Saúde ública do Rio Grande do Sul)

Resumo

Introdução: A Fisioterapia até pouco tempo apresentava pouca expressão na atenção primária a saúde, muito em função do caráter reabilitador porém, atualmente ela aplica seus recursos também visando como um agente multiplicador de saúde inserido dentro da Estratégia de Saúde da Família e/ou Unidades Básicas de Saúde atuando de forma interdisciplinar na busca de estratégias de cuidado da população, considerando a mudança do perfil epidemiológico da população. Objetivo: Descrever o perfil e a forma de cuidado dos usuários ao qual a fisioterapia intervém na atenção primária a saúde em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Métodos: A UBS citada neste estudo possui um fisioterapeuta em função do programa de residência integrada em saúde vinculada a Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul. A chegada dos pacientes ao contato do Fisioterapeuta segue fluxos variáveis. Os pacientes são avaliados e em casos agudos encaminhados a clínica de fisioterapia de referência do SUS, os crônicos tem seu cuidado na própria UBS e tem como pilar a educação em saúde, co-responsabilidade dos usuários com sua saúde e mudança de estilo de vida. Resultados: No ano de 2009, a agenda de fisioterapia atendeu 76 usuários, predominantemente idosos (59,2%). Os diagnósticos tratados pela fisioterapia mais freqüentes foram os desgastes articulares (33,7%) como atroses, discopatias degenerativas, hérnias discais e osteofitoses. Os joelho e a coluna foram os locais de maior queixa referida(36,4%). As doenças neurológicas aparecem com menor freqüência (9,2%) representados principalmente por acidentes vascular encefálico. É relevante observar que 47,% dos atendimentos foram de pessoas hipertensas (47,3%) e sedentárias (76,3%). Os problemas cardiovasculares também foram prevalentes (23,7%) assim como o diabetes (14,4%) e as doenças pulmonares obstrutivas crônicas (7,9%). Conclusão: Sabe-se que velhice não é claro indicativo de doença, porém, com a idade aumenta o risco de déficits funcionais e redução da qualidade de vida. Verifica-se a partir de analise do perfil epidemiológico da população que houve uma mudança e verificamos que as doenças crônico-degenerativas e traumáticas ganham da equipe de saúde de atenção básica. É necessário se utilizar de novas formas de cuidado como trabalhos educação em saúde, atividades de grupo, se utilizar dos recursos da comunidade, realizar visitas domiciliares, e traçar planos terapêuticos interdisciplinares.


Palavras-chave:  Fisioterapia, Atenção Primária