105-2 | APRENDIZADO MEDIADO POR TROCAS DE EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS EM GRUPO OPERATIVO NO COTIDIANO DE UM SERVIÇO DO SUS | Autores: | Tassiane Ferreira Langendorf (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Stela Maris de Mello Padoin (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Cristiane Cardoso de Paula (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Aline Cammarano Ribeiro (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Caroline Sissy Tronco (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Izabel Cristina Hoffmann (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) |
Resumo Caracterização do problema: Com a evolução da epidemia da aids entre as crianças tem-se o aumento da demanda de assistência nos serviços de saúde. Isso nos reporta a necessidade de um cuidado centrado na família e pautado nos referenciais da humanização. Objetivo: Relatar as atividades do grupo operativo direcionadas aos familiares/cuidadores de criança que têm HIV/aids, denominado por esses de “Anjos da Guarda”. Descrição da experiência: O grupo acontece enquanto as crianças desenvolvem atividades lúdico-educativas. Seus familiares/cuidadores participam do grupo, juntamente com os profissionais, docentes e discentes em atividades curriculares e de extensão, o cenário é um Hospital Universitário da região centro-oeste do Rio Grande do Sul. Os encontros duram, em média, uma hora, dependendo da singularidade e das necessidades das pessoas envolvidas. Eles ocorrem no período que antecede às consultas no serviço e se realizam em sala específica. O grupo Anjos da Guarda caracteriza-se de maneira dinâmica e interativa, em que os participantes têm a possibilidade de apresentar suas vivências, necessidades e dúvidas de sua realidade clínica-social, mediadas pelo diálogo. Proporciona a construção de vínculos entre o serviço de saúde e o familiar/cuidador, e possibilidades de intervenções com estratégias para minimização do desgaste que a infecção causa na vida da criança. O objetivo central do grupo é as trocas de experiência, vivências e aprendizado, possibilitando o compartilhar de necessidades e dúvidas. Mesmo assim, alguns assuntos abordados nos encontros são recorrentes dentre eles estão: a revelação do diagnóstico; adesão ao tratamento; alimentação infantil; o convívio familiar; a inserção social; direitos e deveres; o enfrentamento da discriminação entre outros. Efeitos alcançados recomendações: O grupo Anjos da Guarda tem a educação em saúde como eixo transversal. Esse espaço dialógico media o cuidado profissional no hospital às especificidades do cuidado familiar no domicílio. Essas ações contribuem para melhoria da assistência, promovendo melhor adesão ao tratamento, menores índices de morbimortalidade. Recomenda-se que essas práticas sejam efetivas no cotidiano do SUS, de forma que a educação seja mediadora na promoção da saúde e prevenção, e que o ambiente hospitalar seja acolhedor, gerador de proteção para o usuário. Palavras-chave: Saúde da Criança, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Educação em Saúde |