Resumo

Os serviços de emergência são destinados ao atendimento de pacientes graves ou potencialmente graves de forma a estabilizar o quadro de saúde para posterior referencia. No entanto, a realidade da saúde pública brasileira evidencia uma situação crítica com emergências superlotadas pela grande demanda. O acolhimento com classificação de risco surge, a partir da implantação da Política Nacional de Humanização, como uma iniciativa governamental para diminuir as filas e a demora no atendimento médico nos serviços de urgência e emergência do país. O acolhimento com classificação de risco se propõe a ampliar o acesso, prestando atendimento acolhedor e com escuta resolutiva ao usuário baseado em critérios de risco. Este estudo objetivou descrever experiências de acolhimento com classificação de risco, em emergências hospitalares, no Brasil, no período de 2003 até os dias atuais, através de uma pesquisa bibliográfica. Foram utilizadas as bases de dados da Biblioteca virtual em Saúde e as bases de dados do Ministério da Saúde. Os critérios de inclusão foram: artigos on-line, livre acesso, idioma português e que contemplassem a temática proposta. Foram selecionados 04 relatos de experiências da Implantação do acolhimento com classificação de risco em emergências hospitalares. Nos estudos é descrito a exigência de adequação física do local de acordo com os eixos de atendimento, capacitação e sensibilização de todos os profissionais envolvidos, em relação à acolhida dos usuários e a avaliação dos riscos e agravos a saúde. O acolhimento com classificação de risco foi apontado como método eficiente para detectar os problemas de adoecimento dos usuários e reorganizar as relações com a rede básica, pois o maior percentual de atendimentos é de usuários classificados como verde e azul, que poderiam ser absorvidos pela atenção primária. As unidades de emergência possuem igual formação de equipe liderada pelo enfermeiro. O trabalho no acolhimento com classificação de risco ao cliente exige das equipes de trabalho, vigilância constante, com foco no atendimento usuário-centrado, para que não se torne excludente para aqueles sem perfil de atendimento de urgência e que não são referenciados para outros locais. Os autores concluem que o acolhimento é uma forma de prestar assistência, exigindo dos profissionais de saúde, o respeito à individualidade do usuário, no atendimento mais adequado e resolutivo para cada situação que se apresenta no cotidiano dos serviços de emergência.