9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:81-3



81-3PERCEPÇÃO DOS PRESIDENTES DE ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS ACERCA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: estudo de caso em Sobral – Ceará
Autores:Heluana Cavalcante Rodrigues (UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú) ; Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto (UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú) ; Francisca Lopes de Sousa (UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú) ; Rogena Weaver Noronha Brasil (UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú)

Resumo

A Estratégia Saúde da Família-ESF foi implantada como modelo de reorientação da atenção à saúde, passando a centrar seu foco nas atividades de prevenção de doenças/agravos, educação, promoção e recuperação da saúde dos sujeitos, famílias e comunidades. Está baseada nos princípios doutrinários e organizativos do SUS, dentre os quais destacamos a participação popular nas políticas públicas de saúde. O estudo objetiva analisar a percepção dos presidentes das associações comunitárias acerca da Estratégia Saúde da Família. A pesquisa é do tipo exploratório-descritiva, realizada de janeiro a setembro de 2008, com 12 presidentes de associações comunitárias da sede de Sobral – Ceará. A análise das falas foi realizada a partir da categorização das falas dos participantes. Os achados mostram que, os presidentes das associações comunitárias conseguem perceber os benefícios advindos com a introdução da ESF nas comunidades; reivindicam por mais médicos e melhores estruturas para os centros de saúde. A maior parte dos entrevistados possui vínculo com as equipes da ESF, mas pedem por maior apoio destas e do gestor municipal à participação da comunidade nos assuntos de cidade. Os presidentes ressaltam que a vinda dos Centros de Saúde da Família proporcionou acessibilidade com acesso aos sujeitos, aos serviços de saúde, com o desenvolvimento de ações de prevenção e atendimento às doenças e agravos, além de melhorar o vínculo da equipe com a comunidade. Percebe-se a maioria dos entrevistados está há muitos anos nos movimentos comunitários, tendo como principal motivador para o engajamento, o desejo em melhorar a qualidade de vida dos sujeitos de sua comunidade, por meio da criação de escolas, centros de saúde entre outros serviços. Quanto à articulação entre a associação comunitária e a ESF, os entrevistados relatam que esse envolvimento com as equipes acontece, porém de forma muito pontual e em umas associações mais do que em outras, e que a interação se dá mais com o secretário da saúde, por acreditarem que esse detém maior poder de resolução para os problemas da comunidade. Diante disso, os entrevistados acreditam que para o fortalecimento da ESF é preciso, que esses espaços se constituam em local de controle social efetivamente, até porque os presidentes percebem as associações comunitárias como uma entidade de poder local. Para isto, equipe da ESF e gestão sanitária devem ser sensíveis aos poderes instituíntes e instituídos do território sanitário.


Palavras-chave:  Gestão Participativa, Estratégia Saúde da Família, Organização Comunitária