Resumo

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é uma doença crônica de elevada prevalência cujo tratamento apresenta-se eficaz em seu controle, contudo, a mudança de estilo de vida que se faz necessária é um desafio para os hipertensos e para os profissionais de saúde, os quais devem realizar uma educação em saúde que incentive de fato a adesão ao tratamento. OBJETIVO: Identificar e analisar as ações de educação em saúde que contribuem para a adesão ao tratamento da hipertensão arterial. METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica com os seguintes critérios de inclusão: publicações realizadas entre março de 2000 a março de 2009 e indexadas nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO; textos disponíveis na integra nas referidas bases de dados e no idioma português. Para discussão da temática foram usados os 23 artigos que melhor atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS: Muitos educadores em saúde trabalham ainda com a idéia behaviorista de determinação do comportamento humano e apresentam uma postura hegemônica diante dos educandos, atribuindo valor absoluto às suas 0rientações, desconsiderando a subjetividade do paciente. É necessária uma abordagem da doença mais compreensiva e interpretativa, sustentada sócio-culturalmente, que considere as alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas dos indivíduos envolvidos na problemática, com políticas mais preventivas e promocionais, menos curativas e assistenciais. O enfermeiro é definido como cuidador, dessa forma, deve buscar o tipo de cuidado que os pacientes realmente precisam, fortalecendo a aprendizagem do autocuidado, realizando uma prática educativa emancipatória que capacita os hipertensos a serem ativos no cuidado da doença. CONCLUSÕES: A adesão ao tratamento da hipertensão está intimamente relacionada com o envolvimento dos pacientes. A dificuldade em realizar um tratamento que acarreta em mudanças permanentes no estilo de vida é agravada pela ausência de sintomas específicos da doença, dessa forma, os resultados benéficos do tratamento não são facilmente observados, fazendo com que muitos retornem ou persistiam no estilo de vida mais fácil e prazeroso. Os profissionais não trabalham apenas com a hipertensão como uma doença, mas com todos os aspectos sociais, econômicos e psicológicos que perpassam pela adesão ao tratamento. Para que esse aconselhamento alcance seus objetivos, é preciso que seja realizado de forma contínua e repetitiva, em todos os contatos do profissional de saúde com o paciente.