9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:78-3


Poster (Painel)
78-3Pacientes Restritos ao Domicílio: Uma Proposta de Trabalho
Autores:Leonardo Henriques Portes (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Maria Alice Junqueira Caldas (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Marcos Souza Freitas (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora)

Resumo

INTRODUÇÃO: Com a mudança do perfil epidemiológico observado nas últimas décadas, em que a expectativa de vida da população brasileira aumentou de forma significativa, surge como ação imprescindível na atenção primária a saúde, a necessidade de intervenções sistemáticas junto às famílias que possuem pacientes com restrições funcionais. Nessa perspectiva, vem sendo desenvolvido o estágio do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora, em uma unidade básica de saúde do referido município, no qual são adotadas algumas estratégias com a finalidade de adequar as ações da fisioterapia de forma interdisciplinar e intersetorial. OBJETIVO: Promover ações de fisioterapia articuladas entre a equipe de saúde, pacientes restritos ao domicílio e suas famílias. MÉTODOS: Realizamos uma reunião com os agentes comunitários de saúde da unidade com a finalidade de apresentarmos a definição do termo “paciente restrito ao domicílio” e o instrumento que utilizariam para a realização da busca ativa dos usuários com esta característica. Após este momento foi iniciada a visita da equipe de fisioterapia no intuito de perceber as dificuldades dos usuários e de seus familiares. RESULTADOS: O trabalho tem revelado alguns caminhos interessantes, como a classificação das famílias com usuários restritos em três grupos distintos: Grupo A (11 famílias): Usuários com acometimentos recentes que tenham melhor prognóstico, que representam força de trabalho de suas famílias e que possuam maior dificuldade de recursos para o acesso a um tratamento de fisioterapia. Para este grupo propomos atendimentos domiciliares semanais; Grupo B (25 famílias): Restritos com poucas possibilidades de ganhos funcionais, com cuidadores que necessitam de orientações e que necessitam de algumas adaptações de domicílio. Neste grupo, propomos algumas visitas iniciais para viabilizar a proposta e visitas mensais para acompanhamento do aprendizado do restrito e do cuidador; Grupo C (37 famílias): Restritos que, independente de suas condições funcionais, possuem famílias com melhores condições financeiras. Neste grupo, as visitas seriam esporádicas para algumas orientações. CONCLUSÁO: Estabelecer critérios para priorizar o atendimento não se constitui em uma tarefa fácil. Portanto, as possíveis adaptações dos critérios, assim como das ações de saúde desenvolvidas junto à comunidade, certamente deverão ser alvos de constantes discussões pela equipe de saúde e representantes da comunidade.


Palavras-chave:  Atenção Primária à Saúde, Fisioterapia, Pacientes restritos ao domicílio