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77-1 | AS CONCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE A CATEGORIA GÊNERO | Autores: | Kerle Dayana Tavares de Lucena (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Ana Tereza Medeiros Cavalcanti da Silva (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; César Cavalcanti da Silva (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Ronei Marcos de Moraes (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Waglânia de Mendonça Faustino E Freitas (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo INTRODUÇÃO: O modelo de saúde que se propõe com o SUS comporta a teoria da determinação social do processo saúde-doença, evidenciando a compreensão da natureza humana como fenômeno constituído por inumeráveis fatores naturais e sociais das diferentes dimensões da universalidade que compõe a dinâmica da vida de relações dos seres humanos. A desigualdade de gênero tem comprometido a qualidade de vida das mulheres ao se apresentar transversal a todos os aspectos de suas vidas. Disso decorre a opressão que se manifesta nas diversas violências de gênero, entre as quais, a violência doméstica e a institucional, traduzidas em violência física, emocional e social, realizadas de diferentes modos, como a discriminação, a interdição da vontade sobre o destino e sobre o corpo. OBJETIVO: Compreender os limites e as possibilidades da transformação do modo tradicional de assistência à saúde das mulheres nos serviços públicos, a partir dos processos de trabalho da equipe de saúde da ESF. METODOLOGIA: O estudo foi realizado em Unidades de Saúde do município de João Pessoa – PB. Entrevistamos os profissionais de saúde envolvidos na assistência à saúde da mulher. Identificamos os temas emergentes dos discursos que permitiam a organização dos blocos de significação que orientaram a construção das seguintes sub-categorias empíricas: A desigualdade de gênero permeando as relações profissional/cliente; As possibilidades/limites de transformação do modo tradicional de se efetivar as relações de trabalho em saúde na perspectiva de gênero. DISCUSSÃO: Nos depoimentos, podemos observar que o relacionamento homem-mulher vem passando por diversas mudanças, principalmente com a participação da mulher na vida pública, mas ainda há a prevalência da hegemonia masculina nas relações conjugais do espaço privado. A independência econômica da mulher pode ameaçar a identidade masculina e criar dificuldades para a relação homem-mulher. A violência é manifestada, desde as situações cotidianas consideradas normais, como a exclusão feminina dos espaços mais qualificados do mercado de trabalho e a negação de seus desejos e direitos sobre suas vidas, até a violência propriamente dita. CONCLUSÃO: Evidenciamos o quanto a perspectiva de gênero ainda não está incorporada na reflexão sobre as políticas públicas de saúde, embora, agora, seja referida. Parece ser uma ação que tem um lugar específico, por conta da interlocução do movimento feminista com as gestões municipais. Palavras-chave: Estratégia de Saúde da Família, Gênero, Trabalho |