74-2 | PRÁTICAS POLÍTICAS NO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DOS CONSELHOS LOCAIS DE SAÚDE : QUAIS AS REPRESENTAÇÕES DOS SUJEITOS? | Autores: | Fernanda de Brito Ribeiro (UEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA) ; Maria Ângela Alves Nascimento (UEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA) |
Resumo Estudo sobre a prática política dos sujeitos no processo de implantação dos Conselhos Locais de Saúde(CLS) em um município da Bahia, tendo em vista os interesses dos sujeitos representados no processo de participação social, com objetivos de identificar as práticas dos sujeitos na construção desses CLS, assim como discutir os entrave(s), a(s) conquista(s), e a(s) possibilidades(s) para a construção / efetivação dos CLS em defesa da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, uma vez que seu objeto de estudo é um fenômeno social. O campo de investigação foram unidades de saúde da família do município, que se encontrava em processo de implantação dos Conselhos Locais de Saúde, a partir das comissões de saúde, tanto na zona urbana quanto na zona rural. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram a entrevista semi-estruturada, observação sistemática e análise documental. Participaram neste estudo dois grupos de sujeitos: informantes chave(06) e membros das comissões locais de saúde (11 sujeitos). Os dados foram analisados na perspectiva da hermenêutica e dialética, com a compreensão (Hermenêutica) do processo dinâmico do controle social, tendo como base uma visão crítica (Dialética) das relações estabelecidas na realidade em construção.Os resultados apontaram algumas práticas desenvolvidas por tais sujeitos como:ações edudativas, realização de multirões de saúde, mudanças no processo de trabalho das unidades .Todavia, observamos concretamente a necessidade do ‘empoderamento’ dos sujeitos que fazem parte deste processo, para que possam transformar a realidade do Sistema Único de Saúde, para que realmente ocorra a legitimação da co- gestão da saúde com a participação popular.Além do mais, no processo de construção desses CLS permeiam entraves políticos, dentre eles a manipulação dos gestores, falta de participação efetiva da população, ausência de um processo de educação permanente, desmotivação social. Contudo, ainda que de forma lenta e gradual, apresentamos avanços representados pela legitimação da participação, formação da Comissões de saúde, regulamentação dos CLS, apesar da fragilidade do protagonismo social dos sujeitos cidadãos na gestão da saúde. Para tanto questionamos: quais os interesses desses sujeitos no controle social? A quem serve? Palavras-chave: Conselho Local de Saúde, Controle Social, Participação social |