9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:68-1


Poster (Painel)
68-1CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.
Autores:Magda Nascimento Medeiros de Sousa (FELM - Faculdade de Enfermagem Luiza de Marilac/ Faculd São CamiloUEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade estadual de Feira de Santana) ; André Jorge Maia de Sousa (UEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Jonaldo André Costa (UEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade estadual de Feira de SantanaUEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana)

Resumo

A enfermagem é reconhecida como ocupação que concentra número elevado de fatores de risco para o adoecimento mental. (NIOSH,1988). As condições de trabalho relacionadas a fatores como: extensas jornadas de trabalho, ausência de períodos de descanso, plantões em finais de semana, trabalho fatigante, ausência de participação nos processos de tomada de decisões, interferem direta e indiretamente na saúde do trabalhador, onde o trabalho deixa de significar fonte de satisfação e torna-se fonte de sofrimento, exploração, doença e morte (FRANÇA,RODRIGUES;1997,RAFFONE,2005). OBJETIVOS: Trazer um breve histórico do trabalho da enfermagem no mundo e no Brasil; Apresentar as condições e organização do trabalho dos profissionais de enfermagem; Apresentar as bases teóricas sobre estresse ocupacional, aspectos psicossociais do trabalho e o modelo Demanda-Controle; Apresentar e discutir resultados de pesquisas que utilizaram o modelo Demanda-Controle. MÉTODOS: Estudo de revisão de literatura, utilizando para referencial teórico, 25 artigos, dissertações e teses sobre saúde mental do trabalhador e estresse ocupacional utilizando o modelo Demanda-Controle. Destes, 4 foram selecionados para apresentação de resultados e discussão. RESULTADOS: Araújo,et al (2003) estudando os distúrbios psíquicos em mulheres trabalhadoras de enfermagem encontrou prevalência de 33,3%. Observou-se que o controle sobre o trabalho estava positiva e estatisticamente (p<0,05) associado aos Transtornos Mentais Comuns (TMC). O estrato de baixo controle apresentou a maior prevalência (62,5%), e o de alto controle a menor, 23,9%. Ao considerar-se controle e demanda, simultaneamente, observou-se que o grupo de baixa exigência registrou a menor prevalência de TMC (16,9%) e alta exigência a prevalência mais elevada (57,5%). Estudo realizado com 1182 profissionais de enfermagem, utilizando o modelo demanda-controle apontou prevalência de TCM de 23,6%. Profissionais com trabalho de alta exigência apresentaram 3,6 vezes mais TMC do que aqueles com trabalho de baixa exigência(SILVA,2008). Pinho; Araújo (2007), apontam prevalência de TMC entre profissionais de enfermagem em um hospital publico de 26,3%. CONCLUSÃO: Os resultados reforçam o referencial teórico que aborda o estresse ocupacional utilizando o modelo demanda-controle e serve de base para adoção de medidas que visam a saúde mental do trabalhador.


Palavras-chave:  TRABALHO, SAÙDE MENTAL, ENFERMAGEM