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54-2 | SAÚDE COLETIVA NO AMBIENTE HOSPITALAR: CONTRIBUIÇÃO
À FORMAÇÃO MÉDICA NA PERSPECTIVA DA INTEGRALIDADE. | Autores: | Carla Pontes de Albuquerque (SMSDC RJ - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL DO RJ) ; Denise Lemos Torres (SMSDC RJ - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL DO RJ) ; Ariana Texeira Braga (UNIRIO - MEDICINA E CIRURGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RJ) ; Humberto Sauro Victorino Machado (UNIRIO - MEDICINA E CIRURGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RJ) ; José Teodoro Alves Neto (UNIRIO - MEDICINA E CIRURGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RJ) ; Julia Barcan Morelli (UNIRIO - MEDICINA E CIRURGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RJ) |
Resumo Freqüentemente ações de saúde coletivas são mais atribuídas à atenção básica, estando a instituição hospitalar mais associada às ações de cunho clínico-individual. A problematização e a possibilidade de superação dessa dicotomia historicamente constituída fomentam uma cultura formativa comprometida com a resolutividade e a integralidade.
Este relato traz reflexões sobre o estágio extra-curricular para graduando(a) de medicina no Hospital Municipal Salles Netto (HMSN), unidade pediátrica, com 58 anos de existência, situado no bairro do Rio Comprido, em região metropolitana do Rio de Janeiro com áreas de asfalto e 22 favelas.
No período de 2003 a 2008, o Núcleo de Epidemiologia da unidade, recebeu a cada ano um(a) estagiário(a), selecionado(a) por concurso público realizado pela SMSDC RJ para acadêmico(a) de medicina bolsista (a partir do quinto período) na área de Saúde Coletiva.
Objetivo:contribuir para uma cultura de educação permanente, envolvendo profissionais, estagiários e usuários, visando uma prática formativa e de cuidado (individual e coletivo) menos fragmentada e mais inclusiva.
Métodos:integração do estagiário nos Grupos de Trabalho Interdisciplinar (Prevenção da Reinternação; Humanização e Violência, Saúde do Trabalhador da unidade e Biossegurança), Polo de Asma, Incentivo ao Aleitamento Materno, Prevenção e Assistência à Criança com Distúrbios Nutricionais, Integração Saúde-Escola);interação à rede de apoio social e ações intersetoriais locais; problematização da Vigilância Epidemiológica; planejamento e avaliação dos Programas desenvolvidos na unidade;desenvolvimento de atividades educativas e lúdicas.
Resultados: nesse estágio, o estudante de medicina teve oportunidade de desenvolver competências e habilidades com as quais relatou estar menos familiarizado como as comunicacionais, o trabalho multiprofissional, a inserção em redes sociais de cuidado, a abordagem da saúde coletiva em ambiente hospitalar, o desenvolvimento de práticas educativas mais participativas e a vigilância à saúde na perspectiva da cidadania.
Conclusões e recomendações: a inserção responsável do estagiário ao cenário do serviço de saúde contribui para uma prática mais reflexiva no cotidiano do serviço, mobilizando a comunidade hospitalar a ressignificar seu cotidiano de trabalho perante antigos e novos desafios. O fomento à cultura da Educação Permanente incentiva a formação de profissionais mais comprometidos com uma praxis transformadora.
Palavras-chave: FORMAÇÃO MÉDICA EXTRA CURRICULAR NO SUS, SAÚDE COLETIVA, CULTURA HOSPITALAR |