9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:43-2


Poster (Painel)
43-2Avaliação das práticas dos profissionais da saúde atuantes na Estratégia de Saúde da Família (ESF) para a detecção precoce do câncer de mama
Autores:Adriane Pires Batiston (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Edson Mamoru Tamaki (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Mara Lisiane de Moraes dos Santos (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Laís Alves de Souza (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Arthur de Almeida Medeiros (CEULJI/ULBRA - Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná)

Resumo

Este estudo objetivou avaliar a prática dos profissionais da saúde atuantes na Estratégia de Saúde da Família (ESF) em relação ao câncer de mama (CM), bem como conhecer a percepção destes profissionais sobre suas práticas para detecção precoce da doença. Tratou-se de uma investigação de abordagem qualitativa realizada com 8 profissionais médicos e enfermeiros de ambos os sexos e atuantes na ESF na cidade de Dourados- MS. A coleta dos discursos ocorreu mediante entrevista semi-estruturada, gravada e interpretados à luz da análise de conteúdo preconizada por Bardin. A partir dos resultados observou-se que as práticas profissionais relacionadas ao CM, representaram para os profissionais estudados: valorização dos sinais e sintomas do CM; vinculação do ECM ao exame Papanicolaou; descrença no ECM como método de detecção precoce e identificação de muitas barreiras para a detecção precoce do CM. Concluindo, embora os profissionais tenham sido capacitados para a realização do ECM em todas as mulheres de 40 a 69 anos de idade cadastradas na ESF, os mesmos não acreditam em sua própria habilidade para detecção de tumores mamários e tampouco no ECM como um método capaz de detectar o CM em estádios iniciais, o que reduz a prática do ECM, resultando em baixa cobertura do exame. Além disso, a realização do ECM encontra-se associada à presença de sinais e sintomas, não sendo o exame realizado rotineiramente como forma de rastreamento em mulheres assintomáticas. A identificação de barreiras para a não realização do ECM é fundamental para aumentar sua prática principalmente em locais onde a mamografia é pouco acessível.


Palavras-chave:  Avaliação de Programas, Saúde da Família, Câncer de Mama