42-1 | Construindo laços multiprofissionais: relato de experiência de graduandos na área da saúde no SUS Campinas-SP | Autores: | Carolina Garcia Bonotto (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Alóide Ladeia Guimarães (CETS - Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde) ; Iara Monteiro Smeke de Miranda (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Lara de Sousa Blanes (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Mariana Colbachini Polo (FAMEMA - Faculdade de Medicina de Marília) ; Rafaela Reiche André (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Renata Colbachini Polo (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Sabrina de Paula Almeida D’ Angelo (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) |
Resumo Muito se fala a respeito da importância do trabalho multiprofissional em saúde, com vistas a garantir a integralidade do cuidado, porém, tanto no cotidiano dos serviços de saúde, quanto no processo de formação dos profissionais, observa-se que isso ainda não é uma prática corrente. Em janeiro de 2010, foi realizado o “Estágio de Vivência no SUS Campinas”, promovido pela Prefeitura Municipal de Campinas, através do Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde, do qual participaram 48 estudantes de diversas Instituições de Ensino dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional. No processo de integração inicial, foi realizada uma vivência de grupo, na qual os alunos foram divididos por profissão e discutiram as dificuldades e desafios enfrentados na sua área. Posteriormente foram redivididos em novos grupos com pelo menos um representante de cada curso para troca de saberes referente ao mesmo tema, enfatizando a visão do graduando sobre a inserção de cada profissão no SUS. Ocorreram debates propiciando reflexão sobre o trabalho multiprofissional em saúde. Houve a oportunidade de observar na prática o que foi discutido, através de visitas aos serviços dos diversos níveis de atenção do SUS no município. Ficou explícito que as dificuldades encontradas são comuns independente da área de atuação: a ausência de disciplinas na graduação que possibilitem um contato multiprofissional prévio; falta de esclarecimento da população em relação aos benefícios do tratamento multiprofissional, o que acarreta a falta de controle social para formação desta equipe; ausência de reconhecimento entre os trabalhadores da saúde quanto as limitações de atuação e as necessidades do trabalho em conjunto. A dificuldade de inserção de algumas profissões como Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional na Atenção Básica é nítida. Sabe-se que para o atendimento integral do usuário é indispensável a conscientização dos trabalhadores e da população a respeito da importância do trabalho multiprofissional, a fim de facilitar a aplicação na prática dos princípios e diretrizes propostos pelo SUS. Outro aspecto seria a reforma curricular dos cursos da área da saúde, com a inclusão de disciplinas integradas com o objetivo de fomentar a multiprofissionalidade. Finalmente, propomos que iniciativas como esta sejam valorizadas pelos gestores municipais em todo o país, visto o impacto produzido nos participantes. Palavras-chave: Educação, SUS, Trabalho multiprofissional |