9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:35-1



35-1EXEPERIÊNCIAS COM AS DISCIPLINAS DE GESTÃO EM SAÚDE NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA SAÚDE DA UCPEL: AMPLIANDO CONSCIÊNCIA ACERCA DAS REALIDADES/POSSIBILIDADES DO SUS.
Autores:Letícia Oliveira de Menezes (UCPEL - Universidade Católica de Pelotas)

Resumo

O Ministério da Saúde, através das políticas de formação em saúde, busca fortalecer a importância da inserção do SUS nos cursos de graduação. Na UCPel, cursos como de Enfermagem, Fisioterapia e Medicina vêm transformando seus projetos pedagógicos, visando acrescer competências de gestão para o SUS, ao perfil do egresso. As disciplinas de Administração em Sistemas de Saúde começaram a fazer parte da formação visando ampliar a consciência do papel de cada acadêmico nos temas que influenciam as demandas e na execução de um SUS de acordo com preconizado. As disciplinas foram organizadas para abordar temas como: singularidades do planejamento; formas de remuneração profissional e influência sobre o acesso; influência da organização do SUS no aumento de demandas; formas de sistematizar a utilização de indicadores; e a Regulação de acesso e o trabalho com parâmetros assistenciais. Os conteúdos são organizados teórico-práticos, permitindo aos acadêmicos vivenciar e problematizar suas experiências, com os textos e através da observação das diferentes formas de organização da gestão. Atualmente são ministradas por Docente com formação em Administração de Sistemas e Serviços de Saúde. O objetivo deste relato é descrever experiência da inserção das disciplinas de Administração de Sistema de Saúde e possíveis reflexos na formação profissional. Como resultado observou-se que os conteúdos de Administração de Sistemas de Saúde inicialmente são vistos como distantes da realidade dos alunos, que se percebem mais técnicos assistenciais, deixando a “burocracia” destinada aos “longínquos” gestores. Porém, no desenvolver dos conteúdos e debates, os estudantes trabalham melhor o seu papel de articuladores comunitários, de responsáveis pela otimização de recursos, ainda, possíveis atores da transformação do SUS mais resolutivo e equânime. Como relatos de aulas surgem: “população deveria saber mais do SUS, pois talvez pediriam menos lá no juiz e sim mais por Regulação”; “Bah, depois de vermos tudo que influência a demanda, acho que nem sempre falta exame: a “coisa” tá mal organizada”. Observou-se então que, os alunos, iniciam a disciplina com certa desconfiança, mas na seqüência do semestre, após angústias e preocupação com escassez de recursos, muitos expressarem vontade de transformar a realidade do SUS. – Sinto-me plantando uma sementinha nos alunos e “regando” com ferramentas para florescer idéias e práticas mais voltadas para a realidade/possibilidade do SUS.


Palavras-chave:  Administração de Sistemas de Saúde, Educação em Saúde, Gestão em Saúde