9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:26-1



26-1Percepções de graduandos da área da saúde sobre a atenção em Saúde Mental no SUS Campinas-SP
Autores:Alóide Ladeia Guimarães (CETS - CAMPINAS/SP - Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde) ; Carolina Garcia Bonotto (PUCC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Iara Monteiro Smeke de Miranda (PUCC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Lara de Souza Blanes (PUCC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Mariana Colbachini Polo (FAMEMA - Faculdade de Medicina de Marília) ; Rafaela Reiche André (PUCC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Renata Colbachini Polo (PUCC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Sabrina de Paula Almeida D'angelo (PUCC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas)

Resumo

A convergência dos princípios da Reforma Psiquiátrica com os da Reforma Sanitária vem estabelecendo e consolidando uma nova forma de atendimento em saúde mental. Por se tratarem de serviços que determinam uma história recente de atenção à saúde mental, observa-se a necessidade de compreensão deste processo em construção na formação dos profissionais. A experiência foi proporcionada pelo Estágio de Vivência no SUS Campinas, proposto pelo Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde (CETS) da Prefeitura Municipal de Campinas. Os autores deste trabalho visitaram dois Centros de Saúde, um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), um Serviço Residencial Terapêutico, um Centro de Convivência, e o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, além de outros serviços que compõem a rede de saúde nos quatro níveis de atenção. O grupo participou de atividades e Rodas de Conversa, destacando-se a conversa sobre Política de Saúde Mental no município e uma reunião do Conselho Municipal de Saúde. Observamos que os CAPS caracterizam-se como equipamentos estratégicos na articulação da rede de serviços em saúde mental e que a atenção integral de base territorial, com ênfase na reabilitação psicossocial, é objetivo comum dos serviços. Notamos o empenho dos profissionais em realizar uma articulação efetiva entre os equipamentos da Atenção Básica e os CAPS, que ocorre principalmente através do matriciamento. Ademais, percebemos que os princípios da universalidade, equidade, participação popular, vínculo, regionalização, intersetorialidade e hierarquização estavam presentes. No entanto, identificamos algumas dificuldades, como equipes incompletas, ausência de concurso público para novas contratações, inadequação das instalações físicas, entraves para atendimento clínico, financiamento inadequado, necessidade de mais serviços. Ainda assim, percebemos que diante da complexidade que envolve a atenção em saúde mental, o município é referência no modelo de atenção. Os avanços na consolidação e na efetivação da rede de serviços foram notados enfatizando-se a importância do cuidado diferenciado, do trabalho em equipe, e da inclusão das diferentes perspectivas e atores envolvidos no processo de sua construção. Consideramos que iniciativas como o Estágio de Vivência no SUS devem ser valorizadas e propostas, uma vez que possibilitam ampliação da compreensão da realidade vivida no SUS, além de estimular um olhar crítico dos profissionais em formação.


Palavras-chave:  Desinstitucionalização, Saúde Mental, Serviços de Saúde Mental