Resumo

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: No ano de 1994 surgiu o Programa de Saúde da Família, o qual teve como principal objetivo a implementação de equipes multiprofissionais, as quais deveriam atuar com ações de promoção, prevenção e reabilitação da saúde. Nesse sentido, destaca-se a substituição do modelo tradicional biomédico pela adoção do trabalho em equipe, o qual favorece o exercício da autonomia do profissional enfermeiro perante a realização de suas atividades. Frente a esta temática, este relato tem como objetivo expor as vivências acadêmicas de um projeto de extensão desenvolvido na Atenção Básica, no qual foi observado, principalmente, as competências do enfermeiro de uma unidade de saúde da família (UFS).DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As vivências possibilitaram o contato do acadêmico com o enfermeiro e a inserção deste nas atividades de sua futura profissão. Pode-se visualizar que o enfermeiro de uma USF necessita competência, organização e flexibilidade, principalmente, devido a demanda da unidade. No entanto, diversas vezes, observou-se este profissional realizando atividades administrativas e burocráticas, as quais colaboraram para a sua insatisfação, já que não conseguia realizar outras tarefas de sua profissão. Apesar disso, detectou-se a autonomia do enfermeiro neste local, sendo que lhe são conferidas diversas decisões e responsabilidades de todos os processos que envolvem o trabalho da unidade. EFEITOS ALCANÇADOS: As vivências possibilitaram detectar que o enfermeiro exerce um papel preponderante na atenção básica, desde o planejamento das ações até a assistência, tornando sua ação diferenciada da que ocorre em instituições pautadas no modelo biomédico. Além disso, este necessita ter uma visão integral de todas as fases do processo evolutivo dos indivíduos, uma vez que realiza consultas de enfermagem com os mais diversos tipos de usuários, preconizando a troca de saberes e a participação ativa no processo saúde-doença. Observou-se também que o relacionamento interpessoal com os integrantes da equipe é imprescindível para o bom andamento do trabalho e consequente promoção de qualidade de vida aos usuários. RECOMENDAÇÕES: Recomenda-se que as vivências sejam estimuladas nos cursos de Enfermagem, uma vez que permitem a inserção precoce do acadêmico na realidade de trabalho. Assim, acredita-se que se estará contribuindo para a formação de profissionais mais bem qualificados e comprometidos com a saúde dos indivíduos.